21 setembro 2012


CAROS(AS) COMPATRIOTAS, JUVENTUDE ANGOLANA
CAROS AMIGOS (AS)


O Futuro das Crianças e Jovens de Angola, Senhores Juízes são a nossa CAUSA - Crianças que todos nós um dia já fomos, e que apesar da colonização cercar a vida dos nossos Pais, nunca nos faltou o pão que hoje indirectamente negais as CRIANÇAS e JOVENS da Angola Independente, e, com toda fartura e luxos nas vossas mãos, que a todos nós pertence! Tal como negais o pão também negais a justiça, para onde ajudais a levar a nossa Angola, a nossa Herança de consanguinidade?!

O Tribunal Constitucional do MPLA, demonstrou mais uma vez que não está adequado a representar os Órgãos de Soberania de Angola em defesa dos seus Povos, os donos do Poder.
É uma instituição nomeada pelo candidato José Eduardo dos Santos e logo, está ao serviço do Partido do MPLA e do seu "dono", o principal responsável pelo estado social em que  se encontra o País e a maioria dos Povos!
O mesmo aconteceu com a nomeação atípica da Dr.a Suzana Inglês, em que o Tribunal de Contas tentou ignorar a gravidade da situação ao não exigir o cumprimento da Lei com a celeridade exigida, valeu a dinâmica dos partidos e a denúncia internacional dos muitos Angolanos lesados nos seus direitos, consignados na Constituição.

Acusar os Povos de Angola de serem responsáveis pela má gestão Governamental, pela falta de organização, transparência e honestidade, ao não ter reunido as condições para o exercício de uma Eleição, justa e transparente, demonstra mais uma vez a parcialidade deste tribunal "comunista" em Angola.
Quem deve actualizar os cadernos eleitorais, quem deve preparar a normalização dos cadernos eleitorais, retirando da base de dados os falecidos, devia ser a Administração do Governo, a CNE competia conferir a qualidade assim como a quantidade de todo o material e condições exigidas para o Acto Eleitoral e, cumprir com rigor, todos os pressupostos, para que este exercício decorresse com legalidade e sem falhas.

Todavia, não aconteceu aqui se discute para além das falhas e faltas nas condições testemunhadas pelos Povos, Dirigentes Partidários e Representações Internacionais, que acompanharam de perto estas eleições, onde os partidos não tiveram condições semelhantes em qualidade e em quantidade que o partido no Poder, porquanto o mesmo, já beneficiado,  pelo facto de estar no poder há 30 anos e por isso conhecer todos os mecanismos internos a gestão do País, e por outro lado, o facto de abusivamente ter usado as instituições do Estado para propaganda eleitoral, tivemos um Candidato do Partido no Poder a ocupar o Palácio da República em momento eleitoral, observamos o uso ostentado dos órgãos de informação Públicas, Funcionários Públicos como o caso de Professores obrigados a apresentarem-se nos comícios e Crianças, as nossas Crianças que há muito perecem em consequência do desgoverno e ambição desmedida dos que actualmente governam o País.

Tais factos constactados por todos os cidadãos, denunciados e reclamados atempadamente pelos Partidos da oposição, Juventude Angolana e cidadãos solidários com a Causa dos Angolanos, recebendo em troca apenas a indiferença e  violência de quem devia exigir o cumprimento da Lei.
As faltas, graves de omissão, falta de isenção e a promiscuidade observadas e que segundo a Lei eleitoral “punidas muitas delas com prisão” por quem as violasse, ao que parece servem apenas para enfeite, iludindo todo um Povo sacrificado, mutilado fisicamente, parecendo que a indiferença dos Órgãos que os devia defender parecer querer mutilar-lhes também a Alma.
Ao virarmos “a esquina e ao continuarmos a observar e a analisar o enredo destas Eleições, nós os Povos de Angola, soubemos também pela Imprensa Internacional, e através de outros meios, através da constactação de Documentos, depoimentos de Cidadãos que assistiram alguns destes actos, bem como o esclarecimento dos Partidos da existência Fraude Eleitoral grosseira, porquanto foram cúmplices técnicos Chineses, Russos, e Empresa Portuguesa – empresa por si já altamente rentabilizada pelas ligações com certas pessoas afetas ao Candidato do MPLA, veio juntar-se a lista de quem parece pretender que os Angolanos continuem a viver saqueados e humilhados na sua Terra, na sua Pátria Herdada pelos seus Antepassados.

Esta semana, como sempre, me foram chegando as preocupações dos cidadãos Angolanos, Jovens principalmente preocupados com o que está a passar-se em Angola em torno destas eleições, e que estamos a ser alvos de notícia no mundo inteiro, mas não por sermos Povos Dignificados pelos dirigentes que gerem os Órgãos de soberania do País, mas pela humilhação da conduta destes mesmos Representantes.

O indeferimento as queixas apresentadas pelos Partidos da Oposição, dos Jovens Angolanos, inicialmente a CNE e por último dos Partidos ao Tribunal Constitucional parece demonstrar uma grande falta de insensibilidade e indiferença a realidade social em que vive a maioria dos Povos de Angola, onde as Crianças, Jovens e Velhos são os mais lesados, demonstrando que os Angolanos não vivem num Estado de Direito e que não há justiça imparcial que lhes devolva a esperança necessária para gerirem o seu País para que possam ter uma vida, como seres humanos Dignos.

Estamos a observar os sinais dos tempos, mesclados nas atitudes anti-humanas de certos Cidadãos, que assumiram responsabilidades Públicas ao mais alto nível, que é a Justiça, e que deviam representar com idoneidade, isenção e responsabilidade, os Povos de Angola, afinal também somos seres vivos, tão seres vivos como aqueles que pareceis “ajudar” e que existem em estrutura como Nações, a muito menos tempo que os Povos de Angola que têm milénios de existência e com uma Civilização espalhada por todo o mundo.
Com esta farsa de Eleições que de democráticas, livres e transparentes nada teve e não terá, caso se insista neste erro do poder imposto a “ferro e fogo e com malabarismos” que lembram os tempos da máfia noutros locais, fora de Africa, desvirtuando a vontade  dos Povos de Angola, os Senhores que omitem a missão de bem Servir os Povos, serão os responsáveis pelas consequências da degradação humana, notícias que alimentam os Relatórios Internacionais, quando citam Angola e a comparam aos índices de desenvolvimento Humano mundial.

Com uma justiça que se parece apresentar “fardada” de compromissos que não aos dos interesses dos Povos Angolanos, não precisamos dum Tribunal Constitucional, mas que se assuma de vez um “Novo mercado de tráfico Negreiro” aos olhos do mundo como nos outros tempos e dizimem-nos duma só vez, se o interesse é ficarem com as terras e seus recursos! Foi esta cumplicidade silenciosa que os Angolanos do passado foram traficados as portas das suas aldeias e cidades.
 Ai Senhores Juízes, Filhos e Netos de Avós Negras, como ainda nos dói a Alma, pelo sofrimento imposto na inquisição passada, e assim achamos que a consciência de muitos deverá também doer, pois não se maltrata eternamente este País de Povos Bons, Amigos e Construtores de uma Nação com Bases de Identidade Matriarcal, de Amor, Justiça e Assistência pelos mais frágeis, que são as nossas Crianças e Velhos. 
O Futuro das Crianças e Jovens de Angola, Senhores Juízes são a nossa CAUSA -  Crianças que todos nós um dia já fomos, e que apesar da colonização cercar a vida dos nossos Pais, nunca nos faltou o pão que hoje indirectamente negais as CRIANÇAS e JOVENS da Angola Independente, e, com toda fartura e luxos nas vossas mãos, que a todos nós pertence!
Nós Mulheres que sentimos todos os meses no ciclo de vida, que imana nos nossos corpos, todos os dias mutilados por esta indiferença ensurdecedora numa Angola que dá a felicidade a estranhos e a violência aos seus Filhos (as), estamos preocupados, Senhores Juízes, com o rumo que estais a dar a nossa Nação!
Pedimos por isso, que reponham a Dignidade onde está em falta, e, justiça se faça por estes Povos com Identidade Histórica de uma Civilização com milénios de existência, que não cabe a nenhum homem mortal desta era aniquilá-la!

Intervenção 20 de Setembro de 2012

Saudações, Rosa Mayunga
(Dirigente de ONGD/Humanista
Mestranda em Desenvolvimento e Saúde Global
Descendente da Autoridade Tradicional de Angola

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