MEMORIAL DA
MATOLA: RETRATO DA MEMÓRIA COLECTIVA
AS obras para a construção do
Memorial e Centro de Interpretação da Matola, que tem como objectivo
imortalizar as vítimas do ataque perpetrado pelas forças do regime do apartheid
contra militantes do ANC, estão praticamente concluídas, faltando apenas a sua
inauguração pelos presidentes de Moçambique e da África do Sul, Armando Guebuza
e Jacob Zuma, respectivamente.
Para o efeito, os ministros da
Cultura do nosso país e da África do Sul efectuaram semana passada uma visita
de trabalho àquele empreendimento, cujas obras iniciaram a 8 de Julho de 2011,
com intuito único de avaliar o nível de realização do empreendimento.
Os dois governantes visitaram as
instalações e receberam explicações técnicas do trabalho realizado e, foram,
igualmente informados do que ainda falta por fazer, informações consideradas
fundamentais para a marcação da data de inauguração que se prevê seja ainda ao
longo do presente ano.
O facto é que os trabalhos de
edificação das infra-estruturas já foram todos concluídos, estando em curso o
processo de apetrechamento, sobretudo do Centro de Interpretação.
O Memorial da Matola é uma obra de
arte e de lembrança colectiva conjunta dos governos de Moçambique e da África
do Sul, que vai retratar a história de ambos os países e da região austral de
África na luta contra o regime do apartheid.
Aliás, sobre o facto, o ministro da
Cultura, Armando Artur disse depois do informe técnico que aquele
empreendimento pela sua dimensão histórica e cultural, ultrapassava as
“fronteiras” de Moçambique e África do Sul e que, portanto, é uma pertença da
África Austral.
Na verdade a exposição permanente
que vai fazer parte do Centro de Interpretação, descreve também o processo de
libertação da região da África Austral, dando enfoque ao processo de construção
e as acções da “Linha da Frente” (bloco político constituído por Moçambique,
Tanzânia, Zâmbia, Angola, Botswana e Zimbabwe).
Entretanto, relativamente ao mote da
edificação do memorial, os visitantes terão a oportunidade de conhecer com
detalhe o ataque perpetrado pelas forças do regime do Apartheid à Matola no dia
30 de Janeiro de 1981.
Está disponível uma série de
informação documental, parte da qual baseada em testemunhos dos sobreviventes,
entre outros intervenientes.
Refira-se que o ataque a Matola,
ocorrido a 30 de Janeiro de 1981, fez no total 16 vítimas mortais, sendo 15
entre moçambicanos e sul-africanos e um português.
Maputo, Quarta-Feira, 6 de Março de
2013:: Notícias
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