MONUMENTO AOS HERÓIS DA REVOLUÇÃO
MOÇAMBICANA, CONCEBIDO POR JOSÉ FORJAZ
Foto: Cripta da Praça dos Heróis moçambicanos |
Moçambique é um país com mais Heróis do que os próprios feitos heróicos. Desculpem-me e com todo respeito, mas como Historiador de formação e praticante da ciência histórica (pode até ser falacioso o recurso a autoridade aqui; mas já pedi desculpas), não acho normal que um país com pouco MENOS de 40 anos de independência e aproximadamente 150 anos de dominação colonial efectiva, tenha já no seu panteão 200+ heróis nacionais!
Se a arbitrariedade com que se atribui esse título honorífico não é preocupante, então urge um debate esclarecedor sobre as intenções últimas de quem decide. É para sepultarmos toda “geração 25 de Setembro” na Cripta da Praça dos Heróis? Se for o caso, então é melhor pensar-se num Cemitério de Heróis Nacionais de Moçambique!
O ponto para mim é o seguinte: se partirmos do princípio de que herói é uma figura arquetípica (modelo) que reúne em si os atributos necessários para superar de forma excepcional um determinado problema de dimensão épica (p.ex. independência ou luta anti-colonial, etc), podemos concluir que a esmagadora maioria dos “NOSSOS” heróis não o são de facto; ou no mínimo são CO-HERÓIS, uma figura que proponho como alternativa.
Consequentemente, teriamos Samora Machel e Eduardo Mondlane como HERÓIS e o resto, incluindo Gruveta e Guebuza como Co-Heróis. No fundo, a figura de co-herói seria atribuível à pessoas que em vida sonharam em ser declarados Heróis Nacionais ou teriam recebido promessas nesse sentido.
Muitos não vêm o perigo de termos heróis à rodos, em tão curto espaço de tempo. A primeira consequência nefasta é mesmo a vulgaridade com que iriamos encarar a figura de herói nacional.
O ponto para mim é o seguinte: se partirmos do princípio de que herói é uma figura arquetípica (modelo) que reúne em si os atributos necessários para superar de forma excepcional um determinado problema de dimensão épica (p.ex. independência ou luta anti-colonial, etc), podemos concluir que a esmagadora maioria dos “NOSSOS” heróis não o são de facto; ou no mínimo são CO-HERÓIS, uma figura que proponho como alternativa.
Consequentemente, teriamos Samora Machel e Eduardo Mondlane como HERÓIS e o resto, incluindo Gruveta e Guebuza como Co-Heróis. No fundo, a figura de co-herói seria atribuível à pessoas que em vida sonharam em ser declarados Heróis Nacionais ou teriam recebido promessas nesse sentido.
Muitos não vêm o perigo de termos heróis à rodos, em tão curto espaço de tempo. A primeira consequência nefasta é mesmo a vulgaridade com que iriamos encarar a figura de herói nacional.
A segunda é porque na verdade, não há muita coisa a reclamar como tendo sido feito heróico individual de cada um dos muitos que se acham ou que eles acham que o povo pensa sobre eles.
Em aproximadamente 40 anos da nossa existência como nação, apenas podemos nos orgulhar da nossa independência como grande feito heróico. E esse feito deve-se a Eduardo Mondlane – primeiro presidente da Frente, FRELIMO e Samora Machel, o proclamador da Independência e Primeiro Presidente do país Independente. Para além desses feitos há mais outra coisa, meus senhores?
A alternativa a esse cortejo seria exigirmos ao Presidente da República que active, no uso das suas competências, a alínea J do artigo 159 da Constituição da República, atribuindo, nos termos da lei, títulos honoríficos, condecorações e distinções (menos a de herói nacional) a todos aqueles que em vida ou já perecidos merecem o devido reconhecimento dos moçambicanos pelos seus feitos e por terem contribuido para o progresso dos Moçambicanos. Desculpe-me pela "violência psicológica", mas Eu não vejo mais nenhum herói. Nem vivo, nem morto. Se calhar, ainda está por nascer mas esse pertence a futuras gerações.
O Presidente da República de Moçambique precisa urgentemente resolver esse assunto com algumas figuras que ainda nos restam, esclarecendo-os que se quiserem, podem se declarar heróis provinciais, tribais ou distritais; que já não há espaço para Herói Nacional pelo facto de não ser possível identificar neles, feitos heróicos individuais bastantes.
A alternativa a esse cortejo seria exigirmos ao Presidente da República que active, no uso das suas competências, a alínea J do artigo 159 da Constituição da República, atribuindo, nos termos da lei, títulos honoríficos, condecorações e distinções (menos a de herói nacional) a todos aqueles que em vida ou já perecidos merecem o devido reconhecimento dos moçambicanos pelos seus feitos e por terem contribuido para o progresso dos Moçambicanos. Desculpe-me pela "violência psicológica", mas Eu não vejo mais nenhum herói. Nem vivo, nem morto. Se calhar, ainda está por nascer mas esse pertence a futuras gerações.
O Presidente da República de Moçambique precisa urgentemente resolver esse assunto com algumas figuras que ainda nos restam, esclarecendo-os que se quiserem, podem se declarar heróis provinciais, tribais ou distritais; que já não há espaço para Herói Nacional pelo facto de não ser possível identificar neles, feitos heróicos individuais bastantes.
Publicada por Egídio Guilherme Vaz Raposo, Terça-feira, 4 de Outubro de 2011
Concordo contigo Jairoce. Estes herois sao demasiados, nunca ouvimos falar deles em grandes feitos. outro assunto, onde andam os verdadeiros herois? Devemos estar conscientes de que nao e a FRELIMO quem deve decidir sobre os feitos heroicos, mas o povo conhece os seus herois. Do proprio presidente da republica, nao ha relatos de seus feitos heroicos, senao que foi preso e mais nada... Onde anda Adelino GUambe? Nao e heroi? Consta que este sr tinha um exercito de 15 mil homens bem armados, antes da FRELIMO, mas os nossos compatriotas da FRELIMO pressupoem que herois sao eles, ate a filha do sr presidente e heroina... Meu DEUS. Opais qualquer dia chamar-se-a FRELIMO. Pois, herois nao sao apenas combatentes, porque existem outros sectores sociais com grandes feitos, como o atletismo com Lurdes Mutola... Ha que revermos isto...
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