26 fevereiro 2013

TRIBUTO - ODE AO MESTRE ALEXANDRE LANGA


TRIBUTO - ODE AO MESTRE ALEXANDRE LANGA


“Hoyo-hoyo Masseve/ Hoyo-hoyo masseve, hoyo-hoyo masseve/ Ashi rwalo shawu canhi shi cala ngopfu masseve/ Hinga tsama hi lani nitaku rungulissa
Nitaku rungulissa/ Nitaku rungulissa/ A xi nhimu xa wena xa navelissa masseve hinga tsama hi lani niatku rungulissa/ Ni ta rungulissa/ Ni tarunguilissa/Hoyo-hoyo masseve, hoyo.hoyo masseve”. Alexandre Langa


Hoyo-hoyo masseve; Uma nota de boas vindas que insinua o intimismo. É assim que hoje recordamos Alexandre Langa. 
Alexandre Langa nasceu no Chibuto, província de Gaza, no dia 26 de Fevereiro de 1943. Se fosse vivo, completaria agora os seus 70 anos de idade.
A sua paixão pela música expõe-se aos quinze anos, quando na companhia da sua viola, feita de lata de azeite de oliveira, inicia uma brilhante carreira que viria a ser interrompida com a sua morte, em Dezembro de 2003.
Ele ajudou no ganho da consciência nacionalista. Fez canções de luta contra alguns males da sociedade, tais como a prostituição, a candonga, o banditismo, o alcoolismo, a ociosidade e a corrupção.
Muitos consideram-no como um dos maiores guitarristas moçambicanos e um dos melhores compositores da música moçambicana. Em palco, Alexandre Langa, era elegante, grave, fechado, praticamente imóvel, mas muito competente.
Foi parceiro e líder da banda do velho Fany Mpfumo, o Rei da Marrabenta, e é o mais influente dos guitarristas moçambicanos, tendo o seu estilo moldado a música ligeira moçambicana do período pós-independência.
Uma das suas maiores produções discográficas foi o álbum, “Magasso ya Mpfundla”, considerado pela crítica “de uma obra-prima absoluta”. Uma mistura de Marrabenta e Magika e ritmos sul-africanos – onde Alexandre Langa viveu e tocou – impressionante, um álbum perfeito. Com oito grandes músicas. De “Xiguevenga” a “Mpfula”, é um desfile sucessivamente impressionante de músicas brilhantes, com referências à queda do Império de Gaza (“Ngungunhana”), odes à independência do Zimbabwe (“Tinena”), lamentos de misérias sociais (“Madlaya Nhoka”), comentários sobre a guerra civil moçambicana (“Magasso ya Mpfundla”), relatos de violência em ambientes de bebedeira (“Va Bandzanile”), ironias contra a má escolha de parceiros amorosos (“Xiguevenga”), descrições do ambiente e comportamento rural de sua zona de origem, em comparação ao ambiente urbano, quanto às práticas alimentares (“Mpflula”) para além da condenação da incompreensão e descriminação de que eram vítimas os músicos na sociedade moçambicana (“Mugunda”).




Maputo, Quarta-Feira, 27 de Fevereiro de 2013:: Notícias

Um comentário:

  1. Oi. Me chamo Leo e sou do Brasil. Onde posso fazer download das músicas de Alexandre Langa?

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