TRIBUTO
- ODE AO MESTRE ALEXANDRE LANGA
“Hoyo-hoyo Masseve/
Hoyo-hoyo masseve, hoyo-hoyo masseve/ Ashi rwalo shawu canhi shi cala ngopfu
masseve/ Hinga tsama hi lani nitaku rungulissa
Nitaku
rungulissa/ Nitaku rungulissa/ A xi nhimu xa wena xa navelissa masseve hinga
tsama hi lani niatku rungulissa/ Ni ta rungulissa/ Ni tarunguilissa/Hoyo-hoyo
masseve, hoyo.hoyo masseve”. Alexandre Langa
Hoyo-hoyo
masseve; Uma nota de boas vindas que insinua o intimismo. É assim que hoje
recordamos Alexandre Langa.
Alexandre
Langa nasceu no Chibuto, província de Gaza, no dia 26 de Fevereiro de 1943. Se
fosse vivo, completaria agora os seus 70 anos de idade.
A sua
paixão pela música expõe-se aos quinze anos, quando na companhia da sua viola,
feita de lata de azeite de oliveira, inicia uma brilhante carreira que viria a
ser interrompida com a sua morte, em Dezembro de 2003.
Ele ajudou
no ganho da consciência nacionalista. Fez canções de luta contra alguns males
da sociedade, tais como a prostituição, a candonga, o banditismo, o alcoolismo,
a ociosidade e a corrupção.
Muitos
consideram-no como um dos maiores guitarristas moçambicanos e um dos melhores compositores
da música moçambicana. Em palco, Alexandre Langa, era elegante, grave, fechado,
praticamente imóvel, mas muito competente.
Foi
parceiro e líder da banda do velho Fany Mpfumo, o Rei da Marrabenta, e é o mais
influente dos guitarristas moçambicanos, tendo o seu estilo moldado a música
ligeira moçambicana do período pós-independência.
Uma das
suas maiores produções discográficas foi o álbum, “Magasso ya Mpfundla”,
considerado pela crítica “de uma obra-prima absoluta”. Uma mistura de
Marrabenta e Magika e ritmos sul-africanos – onde Alexandre Langa viveu e tocou
– impressionante, um álbum perfeito. Com oito grandes músicas. De
“Xiguevenga” a “Mpfula”, é um desfile sucessivamente impressionante de músicas
brilhantes, com referências à queda do Império de Gaza (“Ngungunhana”), odes à
independência do Zimbabwe (“Tinena”), lamentos de misérias sociais (“Madlaya
Nhoka”), comentários sobre a guerra civil moçambicana (“Magasso ya Mpfundla”),
relatos de violência em ambientes de bebedeira (“Va Bandzanile”), ironias
contra a má escolha de parceiros amorosos (“Xiguevenga”), descrições do
ambiente e comportamento rural de sua zona de origem, em comparação ao ambiente
urbano, quanto às práticas alimentares (“Mpflula”) para além da condenação da
incompreensão e descriminação de que eram vítimas os músicos na sociedade
moçambicana (“Mugunda”).
Maputo, Quarta-Feira, 27 de Fevereiro de 2013:: Notícias
Oi. Me chamo Leo e sou do Brasil. Onde posso fazer download das músicas de Alexandre Langa?
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