OBRA FALA SOBRE A HISTÓRIA DE GUNGUNHANA
Capa do livro |
“O
Rei do Monte Brasil” ganha prémio
O romance “O Rei do Monte Brasil”, da
autoria Ana Cristina Silva, venceu o Prémio Literário de Novela e Romance
Urbano Tavares Rodrigues, destinado a obras literárias que tenham sido escritas
por docentes.
Editado em Agosto de 2012 pela Oficina do
Livro, o romance aborda acontecimentos históricos no finais do século XIX,
altura em que o oficial de cavalaria Joaquim Mouzinho de Albuquerque
fez uma campanha, ao serviço do Rei D. Carlos, no coração de África com o
objectivo de subjugar as tribos locais à administração colonial portuguesa.
Tendo em vista alcançar esse objectivo,
Mouzinho de Albuquerque queima aldeias, mata os insubmissos e, desobedecendo a
ordens superiores, captura o detentor de um império vasto, Gungunhana,
levando-o para Portugal como troféu e que acaba exilado no Monte Brasil até ao
fim dos seus dias.
Com uma alternância de vozes narrativas que
apresentam duas versões muito distintas do mesmo conflito, “O Rei do Monte
Brasil” explora as memórias dos seus protagonistas até à véspera da morte.
A cerimónia de entrega do prémio, com um
valor pecuniário de 7500 euros (cerca de 304.500 meticais), decorreu no
passado sábado.
Sinopse na obra
Em finais do século XIX, o oficial
de cavalaria Joaquim Mouzinho de Albuquerque interna-se, ao serviço do rei D.
Carlos, no coração de África com o objectivo de subjugar as tribos à
administração colonial portuguesa; para isso, porém, queima aldeias inteiras,
mata os insubmissos e, desobedecendo a ordens superiores, captura com
espectacularidade o detentor de um império vastíssimo, Gungunhana, que traz
para Portugal como troféu e acaba exilado nos Açores até ao fim dos seus dias.
Apesar de recebido pelo povo e aclamado
pela imprensa como um herói da pátria, a crítica ao comportamento pouco ético
de Mouzinho nos corredores do Paço, a indiferença do governo em relação aos
seus planos para África e a paixão nunca abertamente confessadas por D. Amélia
acabam por levá-lo ao suicídio.
Mas, se a notícia escandaliza o país
(Portugal), a verdade é que é lida com entusiasmo e sentimento de justiça por
um Gungunhana já velho e destroçado, que passa os dias escondido na floresta do
Monte Brasil, o local que encontrou na ilha Terceira... que
mais se assemelha à terra dos seus antepassados.
Com uma alternância de vozes narrativas que
nos oferecem duas versões muito disintas do mesmo conflito, O Rei do Monte
Brasil explora as
memórias dos seus protagonistas às vésperas da
morte, ilustrando-nos sobre a sua infância, as
suas paixões marcantes, as atrocidades para as quais encontram sempre
justificação e, de certa forma,
a reflexão sombria sobre a decadência e a glória perdida.
Leia aqui: http://recursos.wook.pt/recurso?&id=3510523
CORREIO DA MANHÃ – 15.10.2013
Nota do blog: Quem é
Ana Cristina: ANA CRISTINA SILVA nasceu em Vila Franca
de Xira, a 11 de Novembro de 1964. Professora no ISPA [Instituto Superior de
Psicologia Aplicada] desde 1992, concluiu o doutoramento em Psicologia, na
Especialidade de Psicologia da Educação pela Universidade do Minho em 2001,
desenvolvendo investigação neste domínio. Tem artigos científicos publicados em
revistas e obras colectivas portuguesas e estrangeiras. A sua estreia literária
ocorreu em 2002 com a publicação do romance Mariana, Todas as Cartas. Em 2012,
o seu romance Cartas Vermelhas foi seleccionado para o Prémio Fernando Namora,
facto que se repetiu em 2013, com a obra O Rei do Monte Brasil.
Um comentário:
excellent post.
thank you so much for sharing this one.
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