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Caros amigos o blog Historiando: debates e ideias visa promover debates em torno de vários domínios de História do mundo em geral e de África e Moçambique em particular. Consta no blog variados documentos históricos como filmes, documentários, extractos de entrevistas e variedades de documentos escritos que permitirá reflectir sobre várias temáticas tendo em conta a temporalidade histórica dos diferentes espaços. O desafio que proponho é despolitizar e descolonizar certas práticas historiográficas de carácter eurocêntrico, moderno e ocidental. Os diferentes conteúdos aqui expostos não constituem dados acabados ou absolutos, eles estão sujeitos a reinterpretação, por isso que os vossos comentários, críticas e sugestões serão considerados com muito carinho. Pode ouvir o blog via ReadSpeaker que consta no início de cada conteúdo postado.

05 junho 2012

Revoluções Africanas:
Angola, Moçambique e Etiópia

Visentini - Paulo Fagundes

Sinopse
Na 18ª obra da Coleção Revoluções do Século 20, Paulo Fagundes Visentini traça o cenário que possibilitou a eclosão das revoluções de cunho social ou socialista na África nos anos 1970, focalizando as consideradas mais marcantes: as que mudaram os regimes de Angola, Moçambique e Etiópia.
Segundo o autor, essas revoluções têm as mesmas características políticas e, do ponto de vista histórico, compartilham a mesma conjuntura que estimulou revoluções semelhantes em vários países do terceiro mundo naquele período. Tal cenário abrangia a crise econômica nos países desenvolvidos, a derrota dos Estados Unidos no Vietnã e a queda de governos autoritários que integravam o flanco sul da OTAN.
No caso africano, mais um ingrediente viria a integrar essa conjuntura: os movimentos de libertação das tardias colônias portuguesas, que acabaram por abrir caminho para revoluções nacionais democráticas e até socializantes.
Visentini analisa as lutas árduas decorrentes desses movimentos revolucionários, que tiveram de enfrentar forças conservadoras nacionais e estrangeiras poderosas, e as transformações sociopolíticas que promoveram ao longo dos 15 anos seguintes à tomada do poder.
“Hoje, pouca gente conhece ou se lembra de tais experiências, pois a historiografia pós-Guerra Fria rotulou-as simplesmente como “regimes autoritários de partido único”, escreve Visentini, lembrando que, embora possa ser aplicado a quase todos os Estados africanos nascidos naquele período, tal rótulo foi usado apenas para designar os governos que se posicionaram como de esquerda.

http://www.editoraunesp.com.br/catalogo-detalhe.asp?ctl_id=1407

Marcos Vinícius Santos Dias Coelho
Doutorando em História Social da África
Universidade Estadual de Campinas
Campinas - SP - Brasil
marvindico@hotmail.com

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