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05 março 2013

MEMORIAL DA MATOLA: RETRATO DA MEMÓRIA COLECTIVA


MEMORIAL DA MATOLA: RETRATO DA MEMÓRIA COLECTIVA



AS obras para a construção do Memorial e Centro de Interpretação da Matola, que tem como objectivo imortalizar as vítimas do ataque perpetrado pelas forças do regime do apartheid contra militantes do ANC, estão praticamente concluídas, faltando apenas a sua inauguração pelos presidentes de Moçambique e da África do Sul, Armando Guebuza e Jacob Zuma, respectivamente.

Para o efeito, os ministros da Cultura do nosso país e da África do Sul efectuaram semana passada uma visita de trabalho àquele empreendimento, cujas obras iniciaram a 8 de Julho de 2011, com intuito único de avaliar o nível de realização do empreendimento.
Os dois governantes visitaram as instalações e receberam explicações técnicas do trabalho realizado e, foram, igualmente informados do que ainda falta por fazer, informações consideradas fundamentais para a marcação da data de inauguração que se prevê seja ainda ao longo do presente ano.
O facto é que os trabalhos de edificação das infra-estruturas já foram todos concluídos, estando em curso o processo de apetrechamento, sobretudo do Centro de Interpretação.
O Memorial da Matola é uma obra de arte e de lembrança colectiva conjunta dos governos de Moçambique e da África do Sul, que vai retratar a história de ambos os países e da região austral de África na luta contra o regime do apartheid.
Aliás, sobre o facto, o ministro da Cultura, Armando Artur disse depois do informe técnico que aquele empreendimento pela sua dimensão histórica e cultural, ultrapassava as “fronteiras” de Moçambique e África do Sul e que, portanto, é uma pertença da África Austral.
Na verdade a exposição permanente que vai fazer parte do Centro de Interpretação, descreve também o processo de libertação da região da África Austral, dando enfoque ao processo de construção e as acções da “Linha da Frente” (bloco político constituído por Moçambique, Tanzânia, Zâmbia, Angola, Botswana e Zimbabwe).
Entretanto, relativamente ao mote da edificação do memorial, os visitantes terão a oportunidade de conhecer com detalhe o ataque perpetrado pelas forças do regime do Apartheid à Matola no dia 30 de Janeiro de 1981.
Está disponível uma série de informação documental, parte da qual baseada em testemunhos dos sobreviventes, entre outros intervenientes.
Refira-se que o ataque a Matola, ocorrido a 30 de Janeiro de 1981, fez no total 16 vítimas mortais, sendo 15 entre moçambicanos e sul-africanos e um português.


Maputo, Quarta-Feira, 6 de Março de 2013:: Notícias

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