CONSTRUIR UMA NAÇÃO: IDEOLOGIAS DE MODERNIDADE DA
ELITE MOÇAMBICANA
Por Jason
Sumich
INTRODUÇÃO
Um dia, durante o meu trabalho de campo em
Maputo, a capital moçambicana, tive uma conversa com uma amiga, Josina. Na
altura eu investigava a formação da elite governante de Moçambique e os
seus modos de auto-reprodução social. Os pais de Josina tinham estado
envolvidos na luta pela libertação, tornando-se membros destacados da
FRELIMO após a independência (1). Embora alguns membros da sua família
tenham militado num movimento revolucionário socialista, Josina autodefine-se
como uma capitalista fervorosa e durante a nossa conversa defendeu
reformas neoliberais puras e duras para Moçambique. Quando exprimi as
minhas dúvidas de que semelhante modelo pudesse ajudar os mais pobres, ou seja,
a esmagadora maioria da população, Josina respondeu que o meu problema era
estar profundamente equivocado em relação à natureza da sociedade moçambicana.
Na sua opinião, os pobres não tinham falta de oportunidades —
simplesmente, não estavam interessados nelas.
Vejo o texto na integra: http://www.scielo.oces.mctes.pt/pdf/aso/n187/n187a06.pdf
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