ELEIÇÕES NOS EUA
BARACK
OBAMA REELEITO PARA MAIS QUATRO ANOS, DIZ QUE "O MELHOR AINDA ESTÁ PARA
VIR"
A família Obama comemorando a vitoria |
Barack
Obama foi reeleito às 22h13 (4h13 da manhã em Portugal). Não era ainda o
resultado oficial das eleições presidenciais americanas, e sim a projecção das
televisões, mas pouco importava: dez mil apoiantes e voluntários de campanha
irromperam em gritos e aplausos no enorme centro de convenções em Chicago onde
Obama fez o seu discurso de vitória.
“Para os Estados Unidos
da América, o melhor ainda está para vir”, disse Obama duas horas mais tarde,
depois de uma ovação de três minutos e um coro de “Mais Quatro Anos!” O
Presidente Obama que fez o discurso foi conciliador e optimista como o
candidato Obama nunca conseguiu ser ao longo de uma campanha que foi um
referendo sobre o seu primeiro mandato e que sabia que podia perder.
Humilde e comovido, Obama disse que regressava à Casa Branca “mais determinado e mais inspirado do que nunca”. E o seu discurso procurou elevar-se acima das diferenças partidárias, centrando-se no que todos os americanos têm em comum. O tom reavivou memórias do homem que na convenção democrata de 2004 disse que não havia estados democratas nem republicanos, mas apenas os Estados Unidos da América – e marcou o contraste com uma das campanhas mais negativas e divididas de sempre.
Para os democratas, foi o final de uma eleição mais competitiva do que há quatro anos, disputada até ao último voto. Para os republicanos, uma pesada derrota num contexto económico que devia ser favorável ao seu candidato – taxas de desemprego acima dos 7,5% e um crescimento económico anémico não costumam reeleger presidentes – e que certamente conduzirá a direita americana a um período de introspecção. Para os americanos em geral, foi a constatação de que a noite eleitoral seria mais curta do que alguns cenários antecipavam. Havia duas grandes incertezas até às 22h13 de ontem: quem seria o vencedor e se haveria um vencedor claro antes da manhã de quarta-feira.
Barack Obama conseguiu ser reeleito graças à sua vantagem no colégio eleitoral – conquistou mais do que os 270 votos eleitorais necessários para qualquer candidato alcançar a Casa Branca. E também assegurou uma ligeira vantagem no voto popular
Numa corrida eleitoral marcada por uma caça agressiva ao voto em nove estados – Florida, Ohio,Virgínia, Iowa, Wisconsin, Colorado, New Hampshire, Carolina do Norte e Nevada – a contagem decrescente para o dia de eleições era mais optimista para Obama do que para Romney, porque as sondagens nesses estados davam uma ligeira vantagem ao Presidente e antecipavam que o candidato republicano teria uma batalha maior pela frente para atingir o número mágico dos 270 votos eleitorais. E os primeiros resultados da noite confirmaram esse cenário, com Obama a ser declarado vencedor bem cedo nalguns desses estados. E isso aconteceu sem que a Florida chegasse a ser um factor determinante. Quando Obama acabou o seu discurso de vitória, concluindo a noite eleitoral, ainda não havia um vencedor oficial na Florida, com 98% dos votos contados, mas Obama seguia ligeiramente à frente. Dos nove estados cruciais para os candidatos, Romney apenas ganhou na Carolina do Norte.
Mitt Romney emergiu na sede da sua noite eleitoral, em Boston, Massachusetts (o estado onde foi governador e onde Obama venceu ontem à noite), cinco minutos antes da uma da manhã, para um discurso breve de cinco minutos em que disse que tinha acabado de ligar ao Presidente Obama para felicitá-lo pela vitória. “Este é um momento de grandes desafios para a América e rezo para que o Presidente tenha sucesso em conduzir a nossa nação”, disse o candidato, que no último ano procurou retratar o primeiro mandato de Obama como um falhanço, numa das campanhas mais negativas e mais agressivas de sempre.
“Estou tão feliz que não sei como vou chegar a casa esta noite”, disse ao PÚBLICO Leopoldine Deugoue, 39 anos, uma das apoiantes de Obama presentes no seu quartel-general em Chicago. A multidão presente em McCormick Place, um centro de convenções em Chicago, era diferente da que compusera a festa de vitória de Obama há quatro anos, em Grant Park, na mesma cidade, porque era essencialmente formada por voluntários e pessoas que colaboraram na campanha de Obama.
Humilde e comovido, Obama disse que regressava à Casa Branca “mais determinado e mais inspirado do que nunca”. E o seu discurso procurou elevar-se acima das diferenças partidárias, centrando-se no que todos os americanos têm em comum. O tom reavivou memórias do homem que na convenção democrata de 2004 disse que não havia estados democratas nem republicanos, mas apenas os Estados Unidos da América – e marcou o contraste com uma das campanhas mais negativas e divididas de sempre.
Para os democratas, foi o final de uma eleição mais competitiva do que há quatro anos, disputada até ao último voto. Para os republicanos, uma pesada derrota num contexto económico que devia ser favorável ao seu candidato – taxas de desemprego acima dos 7,5% e um crescimento económico anémico não costumam reeleger presidentes – e que certamente conduzirá a direita americana a um período de introspecção. Para os americanos em geral, foi a constatação de que a noite eleitoral seria mais curta do que alguns cenários antecipavam. Havia duas grandes incertezas até às 22h13 de ontem: quem seria o vencedor e se haveria um vencedor claro antes da manhã de quarta-feira.
Barack Obama conseguiu ser reeleito graças à sua vantagem no colégio eleitoral – conquistou mais do que os 270 votos eleitorais necessários para qualquer candidato alcançar a Casa Branca. E também assegurou uma ligeira vantagem no voto popular
Numa corrida eleitoral marcada por uma caça agressiva ao voto em nove estados – Florida, Ohio,Virgínia, Iowa, Wisconsin, Colorado, New Hampshire, Carolina do Norte e Nevada – a contagem decrescente para o dia de eleições era mais optimista para Obama do que para Romney, porque as sondagens nesses estados davam uma ligeira vantagem ao Presidente e antecipavam que o candidato republicano teria uma batalha maior pela frente para atingir o número mágico dos 270 votos eleitorais. E os primeiros resultados da noite confirmaram esse cenário, com Obama a ser declarado vencedor bem cedo nalguns desses estados. E isso aconteceu sem que a Florida chegasse a ser um factor determinante. Quando Obama acabou o seu discurso de vitória, concluindo a noite eleitoral, ainda não havia um vencedor oficial na Florida, com 98% dos votos contados, mas Obama seguia ligeiramente à frente. Dos nove estados cruciais para os candidatos, Romney apenas ganhou na Carolina do Norte.
Mitt Romney emergiu na sede da sua noite eleitoral, em Boston, Massachusetts (o estado onde foi governador e onde Obama venceu ontem à noite), cinco minutos antes da uma da manhã, para um discurso breve de cinco minutos em que disse que tinha acabado de ligar ao Presidente Obama para felicitá-lo pela vitória. “Este é um momento de grandes desafios para a América e rezo para que o Presidente tenha sucesso em conduzir a nossa nação”, disse o candidato, que no último ano procurou retratar o primeiro mandato de Obama como um falhanço, numa das campanhas mais negativas e mais agressivas de sempre.
“Estou tão feliz que não sei como vou chegar a casa esta noite”, disse ao PÚBLICO Leopoldine Deugoue, 39 anos, uma das apoiantes de Obama presentes no seu quartel-general em Chicago. A multidão presente em McCormick Place, um centro de convenções em Chicago, era diferente da que compusera a festa de vitória de Obama há quatro anos, em Grant Park, na mesma cidade, porque era essencialmente formada por voluntários e pessoas que colaboraram na campanha de Obama.
Assista o discurso de Obama apos a vitoria:
In: http://www.publico.pt/Mundo/para-os-estados-unidos-o-melhor-ainda-esta-para-vir-diz-obama-1570384
Informação actualizada:
Obama foi eleito
com 303 votos do Colégio Eleitoral equivalente a 50% e Romney com 206 votos
correspondente a 48%.
No senado os
democratas obtiveram 52 assentos e os republicanos 45 assentos.
Na disputa pela
câmara dos deputados os democratas ocuparam 191 assentos contra 232 assentos
dos republicanos.
In:
www.nytimes.com - 7 de Novembro de 2012 (7h30 da manha- hora de Brasilia)
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