O Angoche esteve ao centro de
um dos grandes mistérios do final da era colonial em Moçambique. Um navio
mercante, um dia apareceu à deriva no mar, a tripulação desaparecida. Até hoje,
apesar de várias tentativas e numerosas teorias, ninguém sabe o que aconteceu.
O Angoche eventualmente foi rebocado para a Baía de Lourenço Marques, onde
eventualmente se afundou.
O
CASO
A
23 de Abril de 1971, o cargueiro português ANGOCHE abandonou NACALA com destino
a PORTO AMÉLIA (Norte de Moçambique).
O
navio nunca chegou ao porto de destino. A tripulação - 23 homens - e um
passageiro desapareceram.
O
ANGOCHE foi encontrado abandonado (e a deitar fumo) no Canal de Moçambique três
dias depois pelo petroleiro panamiano Esso Port Dickson.
Foi
alvo de duas explosões e de um incêndio, mas a carga militar (incluindo 100
bombas inertes de 50 Kgs da Força Aérea) não ficou danificada.
Ninguém
reivindicou até hoje a sabotagem.
Um mistério por decifrar
Segundo um relatório preliminar, de um agente da PIDE:
«O navio Angoche levava material para a nossa Força Aérea, material sofisticado, essencialmente material explosivo, bombas para os aviões, etc, e creio que ia para Porto Amélia. Soubemos que o Angoche foi abordado em 23 de Abril de 1971 por um submarino da União Soviética e que os seus tripulantes foram levados para a Tanzânia, para a base central da Frelimo, Nachingwea e, mais tarde, executados ... havia manchas de sangue em vários pontos do navio... fala-se que houve oficiais da Marinha Portuguesa, hoje oficiais generais, que estariam envolvidos nisso».
Para adensar o mistério, o relatório oficial, detalhado e secreto, conservado na DGS-PIDE em Lisboa, desapareceu após o golpe militar Lisboeta de 25 de Abril de 1974. O livro abaixo fornece elementos importantes para compreender este caso.
Livro de Leone (autor ja falecido) |
Quem tiver algumas
informações a respeito deste misterioso caso pode enviar um email para Jorge
Jairoce (jairoce2007@yahoo.com.br) ou Rui Araujo (rmda14@gmail.com).
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